Ainda traumatizados pela perda das fotografias tiradas ao longo de toda a viagem, nem voltamos hoje ao funesto local para ver se o carinha do passeio pela cidade desta vez estaria lá. Em vez disto, fomos às catacumbas de Odessa, sistema de túneis cujo único trecho visitável por turistas está lá lonjão, a uns 15 km da cidade, mas que, diz a lenda, tem uns 2500 km de extensão, inclusive embaixo do próprio centro da cidade. Diz outra lenda que o intestino tem uns 5 metros de comprimento, mas nunca acreditei que aquilo tudo pudesse caber dentro de uma pança humana, nem mesmo da minha. Diz ainda outra que temos uns 5 litros de sangue em nossos corpos. Difícil de acreditar também, já que desidrato uns 3,5 litros fácil em cada longão de corrida, e ainda assim consigo chegar em casa quase inteiro, e não em franco choque hipovolêmico.
Tivemos a dificuldade de sempre para conseguirmos nos informar se o lugar estaria mesmo fechado às segundas-feiras, como diziam alguns sites de internet, sem conseguir falar com a moça da recepção do hotel, e falando pobremente com um rapaz de agência de turismo na qual entramos a esmo, e que deu vagamente a compreender que o local estava aberto sim. Sem grupos de turistas agendados para hoje, contudo, quase ficamos só olhando de fora, mas um dos guias locais apareceu em nosso socorro, para, por um valor levemente indecoroso, nos oferecer uma visita privativa "em inglês", ou algo decorado e, como já tradicional, meio displicente e mal-humorado, que a isto se assemelhava.
No resto do dia, pequenos mimos como comer razoavelmente barato num restaurante oriental bacaninha e, como sobremesa, sorvete Baskin & Robbins. Às 5 da tarde, o dia já estava escuro. Mas, por excessão, a internet neste hotel é excelente, e tenho um monte de coisa pra assistir aqui no iPad, então não tivemos muito tempo ocioso nem pra dar uma brigadinha.
Agora, a partir de amanhã, é um terceiro mundo diferente, e o luto pelo fim das férias e a volta à rotininha e o calor massacrantes de sempre já começa a se pronunciar vigorosamente.
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