E ainda mais um dia fugindo da chuva. Finalmente hoje passamos por uma coffe shop assim isolada, lá num cantinho, na periferia. Deve congregar toda a turma da vida química da cidade.
A única coisa mais bocó do que visitar uma calçada da fama na cidade é passar horas caminhando pra chegar nela, descobrir que marcou o lugar errado no mapa, caminhar mais um montão até o lugar certo e ainda assim não encontrar as impressões das mãos e assinaturas em lugar nenhum. Mas o pato comido num restaurante chinês que estava no caminho foi saboroso.
Mais um dia, resisti bravamente à tentação de ir correr na rua. Em vez disto, me permiti, orgulhoso, uma sonequinha no meio da tarde, mas quase desabei em prantos ao ver que vou chegar 10 dias atrasado para o que foi a maratona de Amsterdam.
À noite, filminho novo meio trivial do Woody Allen, com final em aberto, porque algumas coisa na vida não têm solução e muito menos final feliz mesmo. A diferença é que, no cinema, o filme acaba, e todo mundo volta pro vazio mais cotidiano de suas existências despropositadas. Na vida real, depois que a gente se dá conta do mais insolúvel e incontornável desespero de existir, o impasse ainda dura por mais umas 4 décadas, antes de escurecer tudo e subir a musiquinha com os créditos finais.
E amanhã tem mais chuva.



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