segunda-feira, 14 de outubro de 2013

14/10 - Ghent

Bom, chega, é isso aí, maratona dada é maratona cumprida. Mais uma destas ocasiões na vida em que, ao contrário dos filmes de cinema, depois do grande clímax não sobem os créditos e tudo acaba, mas ficamos os personagens lá ainda olhando uns para os outros, sem roteiro, por mais uns 40 anos. Depois de meeeeses e meeeeeeses correndo 4 horas por dia uma vez por semana, além das corridinhas menores, toda a puxação de ferro e aulas de glúteos(!)  na academia, finalmente chegou e passou a hora de mostrar para o que, alegadamente, tudo aquilo teria servido. Agora, até o fim da viagem, só vou correr para não perder o avião, e o único peso que vou levantar é o do meu pênis. Às vezes. Depois, recomeça tudo de novo, tão despropositadamente como sempre, passar a vida combatendo as banhas só para que os vermes tenham menos do que se alimentar após o derradeiro e redentor desfecho.

Chegar a Gent a partir de Eindhoven é como chegar ao ânus de uma mulher honesta a partir da fila do supermercado: tem que fazer baldeações. Em nem 3 horas de viagem, tivemos que descer em Tilburg, Roosendaal e Antuérpia, antes do destino final. Com, em uma ocasião, dois minutos entre a chegada em um trem e a saída em outro. E a coisa funciona!
Aqui, porém, mais chuvinha constante, contínua e inclemente, transformando um único dia de visita a uma cidade que tem tudo pra ser agradável numa má memória de sapatos e meias molhadas, busca de cafés onde nos abrigarmos, basicamente vir a um lugar para então ficar fugindo dele. 


A internet do hotel é paga, e está com toda a cara de que a visita a Brugge, amanhã, vai ser a mesma desagradável molhaceira....


E, últimas notícias, agora é oficial: a patroa trouxe uma touca pra tomar banho, um rolinho de tirar pelinhos da roupa e um frasco com uns 30 litros de hidratante de pele, mas não pegou o carregador da máquina fotográfica, que esta tarde se tornou um caro peso de papel de 300 mg. Então parece que todas as fotos da viagem que teremos serão estas aqui do blog. Mas se fossem 900, acabariam nunca mais sendo vistas mesmo... Ô, vida besta...



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